Inflação

Inflação é o nome dado ao aumento de preços de produtos e serviços. Portanto, ela é calculada pelo índice de preços, comumente chamado de alta dos valores. O IBGE produz dois dos mais importantes índices de preços, o IPCA, considerado o oficial pelo governo federal, e o INPC.

O que é inflação?

A definição de inflação é o aumento dos preços de bens e serviços, que implica na diminuição do poder de compra da moeda. Portanto, ela é medida pelo índice dos preços. O Brasil usa vários índices de preços.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, por exemplo, é o índice usado no sistema de metas para a inflação.

A inflação, antes de ser o aumento dos preços, é o crescimento da quantidade de moeda circulante em uma economia. Esse aumento da quantidade de dinheiro na economia gera uma alteração no equilíbrio de oferta versus a demanda, que vai para o lado da demanda. Portanto, passam a existir mais compradores que vendedores para os produtos e, consequentemente, os preços passam a subir.

Como a inflação altera a vida das pessoas?

Uma forma interessante de explicar como a inflação altera a vida das pessoas é pensando no poder de compra do seu dinheiro. Por exemplo, em 1994 um pãozinho custava menos de R $0,10 ou que um carro popular 0km tinha o valor de, em média, R$ 10.000. A gasolina também custava menos de R$ 0,50 o litro.

Entretanto, hoje os preços aumentaram muito. Não há um carro que se compre por menos de R$ 10.000. O pão não está R$ 0,10 e a gasolina ultrapassou os R$ 7. Portanto, essa perda de poder de compra da sua moeda se chama inflação.

Explicando os índices

Os índices de aumento são indicadores utilizados para mensurar o aumento ou a variação destes preços, bem como o impacto causado nas diferentes áreas do custo de vida do brasileiro.

Os investidores devem ficar atentos aos índices de inflação. Afinal, se um investimento rende menos que a inflação, ele não terá gerado ganho real algum.

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Por exemplo, pense que você tinha dinheiro para comprar um aparelho celular que custava R$ 1.000 e investiu durante um ano recebendo 6%. Portanto, você vai terminar o ano com R$ 1.060. Significa que seu investimento não gerou nenhum ganho sobre a inflação.

Quando falamos de investimentos, devemos acompanhar especialmente dois índices diferentes:

IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo): calculado pelo IBGE, é a inflação oficial do país. Nele são considerados gastos com alimentação, artigos de residência, comunicação, despesas pessoais, educação, habitação, saúde e cuidados pessoais. O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. É o índice que remunera os Títulos do Tesouro do tipo pré + inflação (NTN-B). Estes títulos formam a base para os fundos de inflação, que serão utilizados em muitas carteiras de investimentos.

IGP-M (Índice Geral de Preços): é calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e registra a inflação de preços de uma forma mais ampla, monitorando desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. É comumente utilizado na correção de aluguéis e taxas públicas, como contas de energia elétrica. Abrange todas as faixas de renda. É um índice bastante utilizado como comparativo ao IPCA, já que para muitos reflete de forma mais verossímil os preços na economia.

As causas da alta dos preços

Podemos dizer que esse aumento é causado por três fatores principais:

Monetária: emissão de dinheiro fora do controle por parte do governo. Este é o conceito correto de inflação.

Demanda: demanda por produtos (aumento do consumo) maior do que a capacidade de produção do país. A inflação de demanda é normalmente causada pela inflação monetária. Interessante dizer que conceitualmente, não é considerada “inflação” e sim aumento de preços.

Custos: aumento nos custos produtivos ou custos de produção (maquinário, matéria-prima, mão de obra) dos produtos. Também é causada pela primeira e assim como no exemplo anterior, conceitualmente não é “inflação” e sim aumento de preços.

Consequências da inflação

A inflação gera incertezas na economia, desestimulando o investimento e prejudicando o crescimento econômico.

Os preços relativos ficam distorcidos, gerando várias ineficiências na economia.

As pessoas e empresas perdem noção dos preços relativos. Assim, fica difícil avaliar se algo está barato ou caro.

O aumento afeta principalmente as camadas menos favorecidas da população, pois essas têm menos acesso a instrumentos financeiros para se defender da alta dos preços.

Ela mais alta também aumenta o custo da dívida pública, pois as taxas de juros da dívida pública têm de compensar não só o efeito da inflação, mas também têm de incluir um prêmio de risco para compensar as incertezas associadas com a inflação mais alta.

Impostos, títulos públicos e taxas de juros

Para financiar os gastos com funcionalismo, incentivos, projetos de infraestrutura, saneamentos, saúde, educação, etc, o governo brasileiro depende quase que exclusivamente de sua arrecadação de impostos.

Quando a arrecadação não é suficiente (o que ocorre quase sempre), o governo se endivida (interna ou externamente) para tentar “fechar a conta”.

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Produtor de conteúdo especialista em finanças e investimentos, com uma bagagem de 10 anos atuando em PMEs.

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